31 maio 2007

Ontem, hoje

Ontem mesmo, tive que me despedir da empregada de limpeza do condomínio! Ela, que tinha flexibilidade de horário e pagamento generoso quando comparado com os valores do mercado…Mas que tinha um problema: faltava muito, exceptuando o dia do pagamento!
Contratei uma empresa que me apresentou um orçamento de valor igual àquele que a antiga empregada cobrava! Uma empresa legal, obrigada a pagar impostos e a garantir o seguro dos seus trabalhadores.

Já nada é como antigamente.
A greve de ontem mostrou contornos de pouca adesão. A falta de oportunidade e a miscelânea de objectivos, terão sido alguns dos seus pontos fracos.
O sindicalismo também tem que mudar, autonomizar-se, ser mais responsável e credível. Tal como a postura do governo e dos patrões. Afinal, não é com solidariedade paternal, nem com má-fé e rasteiras, que este país irá a algum lado!

30 maio 2007

Greve


O direito à grave é inalienável!

29 maio 2007

Francesco

De vez em quando lembro-me da grande música que fazia o maestro...E volto a ouvir sem me cansar!

24 maio 2007

A agenda


Quanto tempo, atenção e energia nos roubam este governo e os media com os casos do professor suspenso, o da lista nominal de grevistas, entre outros.

E nós que podíamos estar a fazer outra coisa!

19 maio 2007

O castigo


Os deuses tinham condenado Sísifo a empurrar sem descanso um rochedo até ao cume de uma montanha, de onde a pedra caía de novo, em consequência do seu peso. Tinham pensado, com alguma razão, que não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil sem esperança.

Albert Camus: - O mito de Sísifo


Mountain ( pintura ) - José Dias

17 maio 2007

Lá vai Lisboa!

As eleições intercalares foram marcadas pela Governadora Civil para prazo inferior ao estipulado pela lei. Este atropelo à lei constitui uma machadada forte nas candidaturas independentes. Quer se goste ou não de qualquer um dos candidatos independentes ( Helena Roseta e Carmona Rodrigues ), não é isto o que está em causa. Têm, por isso, toda a legitimidade em reclamar!

O ex-vereador Sá Fernandes apelou a uma eventual coligação, que poderia englobar partidos, associações, movimento de cidadãos, excluindo no entanto, aqueles que mais contribuíram para o actual estado de coisas.
Poderá ter sido espontâneo o apelo de Sá Fernandes, ele que não é certamente um político de tarimba… Por que razão então, o coro indignado, como se ele tivesse feito um crime de lesa-majestade?

E caiu o carmo e a trindade, especialmente por parte do PCP, considerando que este “extemporâneo” apelo não passava de uma “manobra de propaganda pessoal do candidato Sá Fernandes”. Surpreendeu-me Ruben de Carvalho, político que tinha como pessoa equilibrada, pouco politiqueiro!

Fiquemos por aqui.

O PS vai sozinho, fazendo o que lhe parece mais conveniente. Helena Roseta, se conseguir as 4 000 assinaturas, irá como independente, sem apoio de quaisquer partidos. E está no seu direito. Sá Fernandes, será apoiado pelo BE. E o PCP, farol do comunismo em Portugal, também tem que ir, pois claro.

Definitivamente, a plataforma era demasiado grande para uma esquerda, que convenhamos, é pequena, apesar do enorme rótulo!

16 maio 2007

Canal memória



CASA PIA

CASA PIA

CASA PIA

CASA PIA

CASA PIA




( consta mesmo que houve vítimas, a quem o Estado indemnizou. A justiça era lenta. O processo ainda decorre…)

11 maio 2007

O rio

Haveria tanto outro espaço para edificar a Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência … Mas qual quê, teria que ser mesmo na borda do rio e no cais Sodré! Apesar de todas as rejeições às críticas, como seria de esperar, a APL (re)tarda em perceber uma coisa: que o espaço ribeirinho não pode ser uma zona de sua utilização exclusiva e preferencial.

09 maio 2007

Francia e Berlusconi


Com as devidas proporções, para um italiano trata-se de um filme já visto: aquele de uma esquerda incapaz de responder ao neo-conservadorismo sem complexos de um Berlusconi ou de um Sarkozi, de fazer o seu aggiornamento e de contra-atacar, não sobre o terreno da diabolização mas sobre aquele das ideias. O verdadeiro risco para a democracia, não são nem Berlusconi nem Sarkozi. O verdadeiro risco é o de ver, à semelhança da Itália dos últimos anos, um debate público empobrecido, reduzido à clivagem PCS (“ por ou contra Sarkozi”)- Adriano Farano.

06 maio 2007

A Viagem

Tudo o que fazemos na vida, mesmo o amor, fazemo-lo no comboio expresso que corre em direcção à morte. Fumar ópio é deixar este comboio em andamento, é ocuparmo-nos de outra coisa em vez da vida ou da morte.

Jean Cocteau: “ Ópio “

03 maio 2007

Bye bye Carmona

Que grande desilusão o mandato de Carmona, sobretudo para aqueles que votaram nele. Há quem tivesse visto nele, o competente, o engenheiro, o professor, o técnico, razões que à partida dariam alguma garantia para um desempenho minimamente honesto.
Nada disso!
Além de não apresentar um projecto para Lisboa- afinal, a razão de ser de uma candidatura municipal-, a prestação dos serviços básicos tornou-se caótica aos olhos dos munícipes! Foi também um executivo que andou nítidamente com a cabeça no ar, e agora a prestar contas à justiça.

Bye Bye Carmona!
Agarre numa Harley Davidson, faça-se à estrada, mas deixe Lisboa seguir o seu rumo!

02 maio 2007

In PT


Ou por outras actividades ou por falta de inspiração, tenho andado arredado da escrita nos blogues. Por vezes leio no Público as referências a alguns blogues…São normalmente, à imagem dos jornais, transcrições sobre uma actualidade mediática devorada até à exaustão, que afinal pouco interessa para a vida de cada um. Só que, neste caso, veiculadas pelos “jornaizinhos” digitais. Um exemplo da notícia-tipo incide sobre a evolução do estado de saúde do Eusébio ou sobre as comemorações do 25 de Abril!
( Também não podia esperar que os jornais fizessem menção a textos de blogues que polemizem sobre a corrupção na Câmara Municipal de Lisboa ou sobre as vicissitudes na Independente…)

Apesar do optimismo tímido que por vezes perpassa do programa televisivo de António Barreto quando cita as liberdades conquistadas, no seu excelente Retrato Social, acho que tudo isto ainda é muito pouco.
33 anos não foi muito tempo para apagar o cinzentismo e o servilismo que sempre caracterizaram a sociedade portuguesa! 33 anos não foi o tempo suficiente para se interiorizar a verdadeira cidadania. E parece-me que poucos estarão interessados em agitar as ...mentes!