20 abril 2007

Uma espécie de simbiose

De incongruência em incongruência, a novela da licenciatura de Sócrates parece interminável!
No entanto, olhando para alguns dos acontecimentos vindos a lume, fica no ar a sensação que a licenciatura de Sócrates na Independente foi pouco mais que um
passeio ao domingo na marginal do facilitismo reinante…

De facto, a classe política sempre se mostrou, neste e noutros casos, que vive num limbo intocável, muito acima do comum dos mortais, tirando partido da posição que ocupa nos meandros do poder.
Por outro lado, é conhecida a propensão de certas entidades individuais ou colectivas, em ceder ou fazer o jeito, de forma à obtenção de vantagens, especialmente perante órgãos do poder.
Em simbiose quase perfeita, até um dia!

No meio deste quem-fez-o-quê, há um facto que é indesmentível: competiria aos órgãos do poder, regular e fiscalizar o funcionamento das Universidades. Frouxos, em labirintos de conveniência como é apanágio do centrão, nunca o fizeram! Disso, aproveitou o aluno Sócrates, hoje PM, também ele responsável.
E agora TODOS sacodem a água do capote: o(s) mais visado(s) tenta(m) reenviar todas as responsabilidades para a tal instituição universitária; os outros, usam o facto como arma de arremesso político, tentando ignorar que também têm culpas no cartório.

Perante o olhar de descrédito do cidadão comum, com poucas esperanças em ver uma luz ao fundo do túnel da justiça nos casos mais mediáticos, fica uma interrogação: que espécie de democracia é esta?