31 janeiro 2007

Livres na escolha

Há mulheres que não desejam ter os filhos porque simplesmente não têm condições económicas para que eles possam ser criados e educados de forma digna. Outras há, em que essa recusa assenta na falta de substrato mais sólido, em que o embrião aparece no meio de uma relação fortuita, ocasional. Ainda há aquelas que não querem ser mães, naquela fase das suas vidas em que a fecundação acontece. E existirão ainda aquelas que definitivamente não querem ser mães, nunca…

Num outro plano, há aquelas mulheres que jamais poderiam recusar aquele feto que trazem na barriga, por convicções morais ou religiosas.

O “ Sim “ à pergunta formulada no referendo é a resposta que vai de encontro à liberdade individual. Haverá sempre a possibilidade de fazer o aborto, haverá também a liberdade para não o fazer!

Finalmente livres e donos do destino! E responsáveis. A viver neste tempo. Afinal, este “ Sim” enquadra-se perfeitamente nesta sociedade que tem feito do individualismo a sua bandeira, em que cada um é deixado à sua sorte ou ao seu azar.